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Obesidade no Mundo: Crescimento Acelerado Alerta para Riscos Futuros

Como primeiro tema abordado por aqui, vou aproveitar que passamos recentemente, no dia 04/03, pelo Dia Mundial da Obesidade para abordar essa temática. Neste dia, a Federação Mundial da Obesidade (World Obesity Federation – WOF) divulgou um documento muito interessante, o Atlas Mundial da Obesidade 2025, e gostaria de trazer um pouco dos dados apresentados:

É indiscutível a importância deste tema, principalmente devido à prevalência muito alta e com projeção de aumento. Hoje, no mundo, mais de 1 bilhão de pessoas vivem com obesidade. Em 2010, esse número era de 524 milhões, com previsão de aumento em 115% até 2030, chegando a 1,13 bilhão.

Para fins explicativos, utilizarei a sigla IMC, que significa Índice de Massa Corporal e é calculado a partir do peso e altura (peso/altura²). O IMC "alto" inclui o sobrepeso (IMC 25-30 kg/m²), obesidade I (IMC 30-35 kg/m²), obesidade II e superior (IMC acima de 35 kg/m²).

A figura abaixo mostra o número de pessoas com IMC elevado ao longo dos anos no mundo e o padrão de aumento da condição.


Atualmente, 68% da população tem excesso de peso, sendo 37% com sobrepeso e 31% com obesidade. Ou seja, um a cada três brasileiros vive com essa doença.
Atualmente, 68% da população tem excesso de peso, sendo 37% com sobrepeso e 31% com obesidade. Ou seja, um a cada três brasileiros vive com essa doença.

No Brasil, o cenário também é alarmante: atualmente, 68% da população tem excesso de peso, sendo 37% com sobrepeso e 31% com obesidade. Ou seja, um a cada três brasileiros vive com essa doença. Além disso, entre 40% e 50% dos adultos no país não praticam atividade física regularmente, fator que contribui para o aumento dos índices.


Não deixe para amanhã a prevenção e o tratamento que pode fazer hoje!
Não deixe para amanhã a prevenção e o tratamento que pode fazer hoje!

Entre as principais causas da obesidade, podemos destacar:

  • Fatores genéticos;

  • Sedentarismo;

  • Fatores alimentares (consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em calorias, açúcar e gorduras);

  • Fatores sociais (insegurança financeira, baixo nível educacional);

  • Exposição a químicos ambientais;

  • Fatores metabólicos (resistência à insulina, alterações no microbioma intestinal e ritmos circadianos desregulados);

  • Influências do ambiente familiar e comunitário.

E entre as principais complicações e doenças associadas:

  • Pressão alta;

  • Diabetes;

  • Doença gordurosa hepática;

  • Doença renal;

  • Distúrbios musculoesqueléticos (osteoartrite);

  • Depressão;

  • Apneia do sono;

  • Câncer (mama, cólon, pâncreas).

É importante ressaltarmos os cuidados que devemos ter para a prevenção da doença e também os riscos relacionados, mas o principal foco aqui é discutirmos sobre os benefícios do tratamento.


Uma perda de peso entre 3% e 7% do peso corporal já é capaz de melhorar a glicemia, a pressão arterial e os lipídios. Perdas de peso maiores que 10% trazem ainda mais benefícios, podendo levar até mesmo à remissão do diabetes, redução de eventos cardiovasculares (infarto e AVC), doença hepática, inflamação do tecido adiposo e apneia do sono.


Para alcançar esses resultados, precisamos ajustar nossos sistemas de saúde para que estejam melhor preparados para cuidar das pessoas que vivem com obesidade, além de desafiar o estigma em todas as áreas da sociedade. É preciso ainda transformar os sistemas alimentares e criar um ambiente que proporcione mais oportunidades para as pessoas serem ativas.


Além dos esforços governamentais e coletivos, o esforço individual para a construção e manutenção de hábitos de vida saudáveis é indispensável, com acompanhamento médico, alimentação balanceada e prática de atividade física.


Não deixe para amanhã a prevenção e o tratamento que pode fazer hoje!


Referências: Institute for Health Metrics 2024 Observatório Global de Saúde da OMS 2024 Colaboração sobre Fatores de Risco de DCNT 2024 Divisão de População da ONU 2024 Lara-Castor et al. 2023 (DOI: 10.1038/s41467-023-41269-8) Federação Mundial da Obesidade 2024 Atlas Mundial da Obesidade 2025

 
 
 

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